Repórter São Paulo – SP – Brasil

Cúpula da paz: Ucrânia busca apoio dos emergentes para plano de Volodymyr Zelensky e teme falta de suporte dos EUA

A cúpula entre EUA, Rússia, Ucrânia e França é vista com esperança pelos ucranianos, como um possível apoio ao plano de paz de Volodymyr Zelensky. O encontro poderia também resultar na convocação de uma cúpula da paz para as próximas semanas. No entanto, ainda não está claro como seria a participação de Moscou nesse processo.

Um dos maiores receios dos ucranianos é que, com o foco internacional se voltando para Gaza e governos ocidentais mostrando relutância em continuar oferecendo ajuda financeira e militar a Kiev, uma solução diplomática para o conflito poderia ser encontrada. Além disso, há também o temor de que uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições americanas deste ano deixe a Ucrânia sem o apoio dos EUA.

Diplomatas brasileiros apontam que o plano de paz proposto pelos ucranianos não é uma base de negociação aceitável para os russos. Isso porque o plano exige a saída de todas as tropas russas do território e a criação de um tribunal para julgar os crimes do Kremlin.

Em uma entrevista exclusiva ao UOL em dezembro, o ex-ministro Celso Amorim mencionou que uma possibilidade para a Ucrânia seria um “armistício, sem uma definição jurídica formal de que terra fica com quem”, mas com base na situação no terreno, e talvez com algumas correções.

A expectativa em relação a essa cúpula é alta, uma vez que muitos acreditam que ela poderia ser um passo significativo em direção à busca de uma solução para o conflito na Ucrânia. A participação e o posicionamento de potências como os EUA, Rússia e França são fundamentais para que o encontro possa resultar em avanços concretos. A questão da participação de Moscou, porém, ainda é um ponto de interrogação, que poderá determinar a efetividade desse esforço diplomático.

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