Um dos maiores receios dos ucranianos é que, com o foco internacional se voltando para Gaza e governos ocidentais mostrando relutância em continuar oferecendo ajuda financeira e militar a Kiev, uma solução diplomática para o conflito poderia ser encontrada. Além disso, há também o temor de que uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições americanas deste ano deixe a Ucrânia sem o apoio dos EUA.
Diplomatas brasileiros apontam que o plano de paz proposto pelos ucranianos não é uma base de negociação aceitável para os russos. Isso porque o plano exige a saída de todas as tropas russas do território e a criação de um tribunal para julgar os crimes do Kremlin.
Em uma entrevista exclusiva ao UOL em dezembro, o ex-ministro Celso Amorim mencionou que uma possibilidade para a Ucrânia seria um “armistício, sem uma definição jurídica formal de que terra fica com quem”, mas com base na situação no terreno, e talvez com algumas correções.
A expectativa em relação a essa cúpula é alta, uma vez que muitos acreditam que ela poderia ser um passo significativo em direção à busca de uma solução para o conflito na Ucrânia. A participação e o posicionamento de potências como os EUA, Rússia e França são fundamentais para que o encontro possa resultar em avanços concretos. A questão da participação de Moscou, porém, ainda é um ponto de interrogação, que poderá determinar a efetividade desse esforço diplomático.