No entanto, o clima de comemoração é acompanhado de preocupações, principalmente em relação à situação enfrentada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em seu próprio país. Biden, que tem sido um defensor vocal da aliança, atualmente passa por apuros em sua popularidade e enfrenta dúvidas sobre a possibilidade de concorrer a um segundo mandato, sobretudo diante da ameaça de um retorno do ex-presidente Donald Trump, que já criticou a Otan no passado.
Recentes declarações de Trump, sugerindo que os países membros poderiam ser deixados à própria sorte em caso de conflito, geraram preocupação entre os aliados europeus e reforçaram a importância da presença dos Estados Unidos na aliança. O debate sobre o futuro da Otan em um cenário de um possível segundo mandato de Trump tem sido tema de discussões entre os líderes presentes na cúpula.
Enquanto Biden busca manter sua posição e o apoio de seu partido, os democratas nos EUA também demonstram preocupações sobre sua candidatura. Reuniões reservadas no Capitólio revelaram que os legisladores ainda não chegaram a um consenso sobre a melhor estratégia a ser adotada. O olhar atento dos líderes estrangeiros para cada movimento e palavra de Biden reflete também as dúvidas em relação à sua permanência no cargo pelos próximos quatro anos.
Com tantas incertezas e desafios, a cúpula da Otan em Washington se torna não apenas uma celebração dos 75 anos da aliança, mas também um momento crucial para a definição do seu futuro e da sua relação com os Estados Unidos. A garantia de uma Otan forte e unida diante de potenciais ameaças é o principal objetivo dos líderes presentes no evento.