Cultura do acobertamento do assédio precisa ser combatida, afirma Madeleine Lacsko em denúncia de casos sistemáticos.

A advogada e ex-procuradora federal Madeleine Lacsko trouxe à tona uma questão importante sobre o encobrimento de assediadores, que ocorre de forma sistemática e silenciosa até que uma das vítimas decide denunciar. Em suas declarações, Lacsko revelou ter recebido mais de 200 mensagens de mulheres, incluindo procuradoras federais, deputadas e advogadas de grandes políticos, relatando situações de assédio que optaram por não denunciar, com medo das consequências.

A cultura do silenciamento e do acobertamento parece ser uma triste realidade para muitas mulheres, que vivem há décadas sob a sombra do medo e das advertências constantes de colegas e conhecidos. Para Lacsko, o governo falha ao não avaliar se a estrutura do antigo Ministério dos Direitos Humanos e outras áreas do governo estimularam essa cultura de silêncio.

A advogada destaca a urgência em corrigir esse “ecossistema” de acobertamento e assédio, não apenas para punir os assediadores, mas também para combater a cultura que permite que esses casos permaneçam impunes. Ela ressalta a necessidade de o governo mostrar que se importa com as mulheres e que está comprometido em criar políticas eficazes para combater o assédio e o acobertamento em todo o país.

No entanto, Lacsko critica a inação do governo, questionando sua falta de interesse e competência para lidar com essa questão. Ela destaca que, apesar da importância do tema, as ações necessárias para combater a cultura do acobertamento do assédio não estão sendo implementadas. Suas palavras refletem a frustração e a indignação diante da falta de medidas efetivas para proteger as mulheres e punir os responsáveis por esses atos abomináveis. A luta contra o assédio e a cultura do silêncio continua, e é urgente que sejam tomadas medidas concretas para garantir a segurança e a dignidade das vítimas.

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