Na corrida rotineira de uma mulher em busca de autoconhecimento e resolução de problemas, a terapia online se torna um refúgio no caótico cotidiano. Em meio a compromissos, interrupções domésticas e sensações de controle e descontrole, a personagem principal desse enredo peculiar encontra no interior de um hipermercado o cenário perfeito para suas sessões de terapia.
Toda quarta-feira à tarde, a protagonista entra em seu carro e dirige até o hipermercado do bairro, não sem antes passar pela cancela e estacionar o veículo na vaga mais distante da porta de entrada. Esse ritual peculiar é o prelúdio de uma experiência ímpar que mistura as angústias e desafios da busca por autoconhecimento com a rotina de um supermercado movimentado.
Após despertar a desconfiança do vigia do estabelecimento, a personagem se vê envolvida em uma teia de mentiras e situações inusitadas. Porém, com o passar do tempo, ela se liberta dos olhares incisivos e encontra na solidão e desolação do local uma fonte de inspiração para suas reflexões e insights terapêuticos.
A atmosfera de desespero e desolamento do hipermercado se torna um contraponto interessante para as sessões de terapia da personagem, refletindo suas próprias jornadas emocionais. As compras realizadas ao final de cada sessão se tornam um reflexo simbólico das descobertas e vivências experimentadas durante o processo terapêutico.
Assim, o hipermercado se transforma em muito mais do que um simples local de compras. Ele se torna o cenário de uma jornada de autodescoberta, transformação e enfrentamento dos desafios emocionais e existenciais da personagem. E, ao trocar os selos acumulados com sua angústia por um jogo de panelas antiaderentes, ela simbolicamente encerra um ciclo e abre espaço para novas possibilidades e aprendizados em sua trajetória de crescimento pessoal e emocional.