Em 30 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo tomaria todas as medidas necessárias para retirar os garimpeiros ilegais e prestar assistência aos indígenas yanomami. Na época, imagens de indígenas yanomami desnutridos e de garimpeiros invadindo suas terras na Amazônia causavam comoção nacional e internacional.
Apesar das promessas feitas pelo governo, evidências apontam que a situação permanece alarmante, segundo lideranças indígenas e especialistas. O garimpo ilegal persiste na região e o número de mortes entre os yanomami ainda é elevado. As causas dos óbitos em 2023 estavam relacionadas à falta de assistência, como doenças do aparelho respiratório e infecto-contagiosas que poderiam ser evitadas.
O governo federal anunciou investimentos de R$ 1 bilhão em ações voltadas para o povo Yanomami em 2023, com previsão de aumentar para R$ 1,2 bilhão em 2024. Além disso, prometeu a reestruturação da presença das forças de segurança na região, a criação de três bases permanentes para as forças de segurança e de saúde, e a instalação de uma “Casa de Governo” em Roraima para reunir ações de diversos órgãos federais.
No entanto, lideranças e especialistas apontam falhas na atuação do governo, como a desarticulação entre os órgãos envolvidos, a dificuldade na distribuição de cestas básicas aos yanomami e a redução na atuação das Forças Armadas na região.
Os dados disponíveis indicam uma melhora parcial na situação, como a redução na área desmatada na Terra Indígena Yanomami e a diminuição de mortes por desnutrição em crianças, mas ainda há desafios a serem enfrentados. A repressão ao garimpo ilegal alcançou resultados significativos, mas a falta de controle do espaço aéreo ainda é um gargalo na atuação das autoridades.
Em resumo, apesar das promessas do governo, a situação na Terra Indígena Yanomami ainda é preocupante para as lideranças indígenas e para os especialistas, que esperam uma ação mais efetiva e coordenada para proteger esse povo e enfrentar os desafios na região.