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Crise econômica na Argentina: Inflação anual atinge 254% e 40% da população vive na pobreza, dizem estatísticas

A crise econômica na Argentina atingiu níveis alarmantes, afetando diretamente a população mais vulnerável do país. A inflação anual atingiu o assombroso percentual de 254%, de acordo com dados divulgados pela agência de estatísticas argentina. Esse número representa um forte aumento em relação aos meses anteriores, o que tem impactado diretamente no preço dos alimentos e na capacidade das famílias de garantir a própria alimentação.

Maria Torres, uma cozinheira voluntária em uma instituição de caridade, relatou que o aumento da inflação tem afetado diretamente a quantidade de famílias necessitadas que procuram por ajuda. Segundo ela, o número de famílias em situação de fome passou de 20 para 70 nos últimos meses, o que demonstra o agravamento da crise. Torres, que atualmente está desempregada, destacou que a situação é cada vez mais preocupante, já que há cada vez menos recursos disponíveis e mais pessoas precisando de ajuda.

A situação econômica do país piorou após a posse do presidente libertário Javier Milei, que adotou medidas de desvalorização do peso e cortes em subsídios públicos. Isso resultou em uma rápida escalada inflacionária, levando os preços a dobrarem em dezembro e atingirem níveis comparáveis à hiperinflação dos anos 1990. Além disso, a pobreza atingiu 40% da população, o que representa um aumento significativo em relação aos anos anteriores.

Apesar das ações do governo de Milei para estabilizar a situação econômica, economistas consultados pela Reuters acreditam que a inflação deve permanecer alta nos próximos meses, causando impactos diretos na vida da população. Além disso, o Fundo Monetário Internacional prevê uma contração de 2,5% na economia argentina em 2024, o que evidencia a gravidade da situação.

Diante desse cenário, a população mais vulnerável do país enfrenta desafios cada vez maiores para garantir condições mínimas de sobrevivência. O aumento da fome e a dificuldade de acesso a alimentos básicos demonstram a urgência de medidas efetivas para enfrentar a crise e garantir o bem-estar da população argentina.

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