Crise econômica e conflitos impulsionam êxodo de refugiados sírios, palestinos e libaneses em embarcações clandestinas no Líbano.

O Líbano tem enfrentado uma situação preocupante com a chegada de barcos clandestinos que transportam refugiados sírios, palestinos e libaneses que buscam escapar da desaceleração econômica e das incertezas causadas pela guerra na região. Essa nova onda de migração é resultado de anos de medidas governamentais que levaram cerca de 80% da população libanesa a viver abaixo da linha da pobreza.

Em 2023, aproximadamente 100 barcos partiram do norte do Líbano, transportando milhares de pessoas em busca de um futuro melhor. O destino desses migrantes é a ilha de Chipre, localizada a 160 km de distância, ou a Itália. No entanto, as condições precárias dessas travessias resultaram na morte ou desaparecimento de pelo menos 250 pessoas.

Um dos sobreviventes, Wissam Al Talawi, teve uma experiência trágica ao tentar chegar à Itália com a esposa e os quatro filhos. Todos acabaram morrendo afogados durante a viagem, e Al Talawi apresentou uma queixa junto a outras vítimas contra os contrabandistas responsáveis. No entanto, a investigação está paralisada, o que provoca um sentimento de impunidade e injustiça no país.

Além das perdas humanas, há também um alto custo financeiro e emocional envolvido nessas travessias. Os contrabandistas cobram entre € 3.000 e € 7.000 por pessoa, e muitas vezes estão armados. Os barcos utilizados são precários e sobrecarregados, aumentando ainda mais o risco para os migrantes que buscam uma nova vida em outros países.

A situação crescente de barcos clandestinos e a tragédia vivida pelos migrantes no Líbano ressaltam a urgência de medidas para garantir a segurança e integridade dessas pessoas. A assistência internacional e a pressão sobre o governo libanês para lidar com essa crise humanitária tornam-se fundamentais para evitar mais tragédias e garantir que os responsáveis por práticas ilegais sejam devidamente punidos.

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