Crise diplomática: Brasil, Colômbia, Venezuela e Cuba criticam a prisão de ex-vice-presidente equatoriano na embaixada.

Neste sábado, uma ação controversa do governo equatoriano chamou a atenção e gerou críticas de quatro governos de esquerda da América Latina. O ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, que estava refugiado na embaixada mexicana em Quito desde dezembro, foi retirado à força pelas autoridades equatorianas.

Imagens circularam nas redes sociais mostrando Glas sendo levado por um comboio policial ao aeroporto da capital equatoriana, Quito, acompanhado por soldados fortemente armados. Posteriormente, ele embarcou em um avião rumo a um centro de detenção em Guayaquil, a maior cidade do país andino.

A ação do governo equatoriano foi duramente criticada pelos governos de Brasil, Colômbia, Venezuela e Cuba, que condenaram a violação das normas internacionais que protegem as embaixadas estrangeiras. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu um comunicado repudiando a ação equatoriana e manifestando solidariedade com o México, cuja embaixada foi alvo da operação.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, também se pronunciou sobre o ocorrido, destacando a importância de manter os preceitos do direito internacional mesmo em meio a situações difíceis. Glas, que já foi condenado duas vezes por corrupção, estava buscando asilo político no México, que o concedeu na sexta-feira, um dia antes de sua captura.

A situação de Jorge Glas levanta questões sobre a segurança dos refugiados políticos e a conduta dos Estados em relação às embaixadas estrangeiras. O episódio também reforça as tensões políticas na região e coloca em xeque a cooperação entre os países latino-americanos.

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