De acordo com a Polícia Civil, Nedeljković se apresentava no Brasil como um esloveno com o nome de Dejan Kovac, e não exercia atividade remunerada no país. Ainda segundo informações da polícia, a esposa do sérvio afirmou que ele recebia dinheiro de familiares europeus.
O assassino já era suspeito de estar envolvido em dois homicídios anteriores na Europa. Uma das vítimas, Vidak Vorotović, foi assassinado com seis tiros na cabeça em um estacionamento em frente a uma estação de trem. Nedeljković fazia parte de uma máfia chamada Skaljar, que era rival do grupo criminoso ao qual Vorotović estava ligado.
Ao fugir de seu país de origem após um assassinato, acredita-se que o sérvio se refugiou na Bósnia e Herzegovina. Desde então, desapareceu, e a imprensa do Leste Europeu cogitava que ele poderia estar morto.
No Brasil, após o assassinato, a polícia descobriu inconsistências na identidade de Nedeljković e passou a investigar sua verdadeira origem. Foi constatado que o homem não possuía carimbo de entrada no Brasil no passaporte que utilizava e que o filho de Nedeljković não apresentava o nome do pai em seu registro de identidade.
As autoridades policiais localizaram o nome de Darko Geisler Nedeljković na lista de procurados da Interpol e, com a colaboração da Polícia Federal, atestaram que a impressão digital do investigado em Montenegro coincidia com a do homem morto em Santos.
Nedeljković foi surpreendido pelos criminosos próximo ao prédio onde morava, no bairro Embaré, em Santos, e chegou a ser resgatado, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia ainda busca esclarecer quem matou o sérvio e qual seria o motivo desse assassinato. A imprensa investigativa tem cogitado a possibilidade de que a morte de Nedeljković possa ser uma vingança pelos crimes que ele praticou no país de origem.
O caso continua sendo investigado pelas autoridades brasileiras e internacionais, e novas informações podem surgir nos próximos dias.