Repórter São Paulo – SP – Brasil

Criança demonstra cuidado e carinho ao encontrar óculos do pai: um exemplo de empatia e amor ao próximo

No último fim de semana, minha filha de oito anos, Elis, protagonizou uma cena emocionante que me encheu de orgulho. Enquanto eu estava distraído visitando a casa do meu primo, Elis decidiu procurar meus óculos, que eu havia esquecido em algum lugar. Depois de alguns minutos de busca, ela os encontrou e voltou correndo em minha direção com um sorriso radiante e um ar de satisfação nos olhos.

Fiquei impressionado com a preocupação e o cuidado que minha filha demonstrou. Ela sabia que eu não conseguia ler sem meus óculos e ficou com medo de que eu pudesse ter perdido. Foi um gesto de carinho e afeto que encheu meu coração de orgulho paterno.

A prima que estava me acompanhando durante a visita também ficou emocionada e me enviou uma mensagem para expressar seus sentimentos. Ela disse que ficou comovida com a atitude de Elis e ressaltou como é bom ter alguém que se importa conosco.

Em minha casa, valorizamos a importância de cuidar uns dos outros. Celebramos as festas juntos e enfrentamos os desafios de mãos dadas. O ato de se importar com o outro é uma lição diária que nos enche de prazer e nos faz perceber o verdadeiro sentido do amor.

Não foi apenas Elis que mostrou empatia e compaixão. Há algumas semanas, nos Estados Unidos, um grupo de fãs da cantora Beyoncé se mobilizou para garantir que uma pessoa com deficiência, que havia enfrentado dificuldades para assistir a um show, conseguisse vivenciar essa experiência tão especial.

Esses exemplos demonstram que quando um grupo de pessoas se importa com a exclusão, a injustiça, a dor ou a invisibilidade de alguém, é como se fosse possível conter o aquecimento global por alguns instantes e respirar aliviado diante do frescor do respeito pela vida.

Importar-se com o próximo implica abrir mão de interesses individuais, ampliar nossa compreensão, ceder, rever conceitos, aprender a se acalmar ou a levantar a voz quando necessário. São cada vez mais importantes as trincheiras para defender nosso próprio espaço e cada vez menos terreno para compartilhar entre todos.

Acredito que é essencial incentivar as crianças a entender a existência como algo plural, uma oportunidade de conviver em diferentes realidades e aprender com as diferenças. Essa consciência pode ser determinante para silenciar as explosões de dor e sofrimento e construir dias em que as dores e perdas de todos sejam valorizadas e consideradas.

O gesto de minha filha e as ações solidárias realizadas por diferentes grupos ao redor do mundo nos mostram que ainda há esperança na humanidade e que, juntos, podemos criar uma sociedade mais justa e compassiva. O amor ao próximo é uma força poderosa e devemos alimentá-la e cultivá-la em nossas vidas diárias.

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