Criação de empregos formais cai em julho após aumento em junho, aponta Caged; setores variados registram abertura de postos

Em julho, o Brasil registrou uma diminuição na criação de empregos formais, após um aumento em junho. De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, foram abertos 188.021 postos de trabalho com carteira assinada no último mês. Esse número representa uma queda em relação ao mês anterior e à mesma época do ano passado.

No entanto, mesmo com essa redução, o resultado de julho ainda apresenta um crescimento de 32,3% em comparação com o mesmo período de 2022. Nos primeiros sete meses do ano, o país abriu um total de 1.492.214 vagas, um aumento de 27,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Apesar dos números positivos, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, expressou preocupação com a possibilidade de aumento da Taxa Selic no segundo semestre. Marinho destacou que um possível aumento nos juros poderia prejudicar os investimentos e impactar negativamente o mercado de trabalho e o orçamento público.

Em relação aos setores da economia, todos os cinco ramos de atividade pesquisados apresentaram crescimento na criação de empregos formais em julho. Os serviços lideraram a estatística, seguidos pela indústria, comércio, construção civil e agropecuária.

Na divisão por regiões, todas as cinco regiões do Brasil registraram aumento na geração de empregos com carteira assinada, sendo que o Sudeste liderou a abertura de vagas. O Estado de São Paulo se destacou como o que mais gerou empregos, seguido pelo Paraná e Santa Catarina.

O Rio Grande do Sul também apresentou um saldo positivo na criação de empregos em julho, após um período complicado devido às enchentes ocorridas nos meses anteriores. O ministro Luiz Marinho ressaltou que o governo federal vem investindo na reconstrução do estado, o que contribuiu para a geração de 6.690 vagas de emprego no último mês.

Em resumo, os dados do Caged mostram um cenário de crescimento na criação de empregos no Brasil, mas o alerta do ministro sobre a possível elevação da Taxa Selic e a necessidade de atenção aos investimentos e à economia permanecem como desafios a serem enfrentados.

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