A convocação de Ednaldo Santos inicialmente era uma exigência da CPI, ou seja, o presidente da CBF seria obrigado a comparecer e poderia sofrer sanções legais caso não cumprisse com a convocação. Mas, com o acordo firmado, ele irá à CPI como convidado, sem a obrigatoriedade de comparecer.
Após o acordo, a CPI ouviu outros dirigentes de futebol que já tiveram cargos de direção na CBF. Durante o depoimento, eles afirmaram que os contratos da confederação com empresas de apostas não eram de responsabilidade deles e que, após deixarem a entidade, não possuíam mais acesso a informações e documentos.
A CPI da Manipulação no Futebol foi instalada em 17 de maio, presidida pelo deputado Julio Arcoverde (PP-PI) e com relatoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE). A comissão foi criada a partir de investigações realizadas pelo Ministério Público de Goiás, que levantaram suspeitas de manipulação em quatro jogos da série B do Campeonato Brasileiro. Os parlamentares envolvidos na CPI acreditam que essas irregularidades possam ter ocorrido também em partidas de outras séries.
A investigação da CPI ainda está em andamento e busca esclarecer os detalhes sobre a manipulação de resultados no futebol brasileiro. Essa prática ilegal prejudica não apenas a integridade do esporte, mas também afeta as apostas e a confiança dos torcedores.
A expectativa agora é pelo depoimento de Ednaldo Santos na próxima semana, onde espera-se que ele esclareça questões importantes relacionadas à manipulação de resultados e às ações da CBF nesse contexto. A CPI continuará ouvindo outros envolvidos e analisando documentos para obter mais informações sobre esse escândalo que abala o futebol nacional.
Reportagem – Dourivan Lima
Edição – Rachel Librelon