Em entrevista à imprensa, a reitora explicou que os cortes visam abrir espaço para negociações e possíveis suplementações por parte do governo. Os estudantes, por sua vez, protestam contra a medida e há um grupo acampado há 11 dias na reitoria, no bairro do Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, pedindo a revogação dos cortes.
Os programas de assistência aos estudantes da Uerj foram expandidos durante a pandemia de Covid-19, oferecendo benefícios não apenas aos cotistas, mas a todos em situação de vulnerabilidade. No entanto, com a falta de recursos, a universidade se viu obrigada a reduzir bolsas e auxílios, afetando cerca de 16% dos alunos beneficiados.
A reitora ressaltou que a Uerj sempre teve um orçamento abaixo do necessário, contando com suplementações do governo estadual para se manter. No entanto, em 2024, esses complementos não foram repassados, impactando diretamente nas finanças da instituição.
Além dos cortes nos auxílios aos estudantes, a falta de recursos também afeta projetos de infraestrutura na universidade, como obras de manutenção e construção de restaurantes universitários em unidades fora da capital. A reitora apela para o diálogo e compreensão, buscando uma solução que atenda tanto aos estudantes quanto às necessidades da instituição.
Diante desse cenário, a Uerj enfrenta um desafio financeiro que requer a sensibilidade e cooperação de todas as partes envolvidas. A busca por alternativas e soluções emergenciais se torna essencial para garantir a continuidade das atividades acadêmicas e o bem-estar da comunidade acadêmica.