O ministério da defesa da Coreia do Sul não confirmou se a ordem foi motivada pelos disparos de artilharia do Norte ou pelos exercícios militares que o exército sul-coreano realizou em resposta. No entanto, uma mensagem de texto enviada aos moradores citou “fogo naval” a ser conduzido por tropas sul-coreanas a partir das 15h (no horário local) da sexta-feira.
Os disparos da Coreia do Norte não causaram danos no Sul, de acordo com o exército sul-coreano. Lee Sung-joon, porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, classificou o ato como uma provocação que aumenta a tensão e ameaça a paz na península coreana. Ele alertou que o Sul tomará “medidas correspondentes” em resposta às ações do Norte.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, recentemente renunciou à reconciliação e unificação com o Sul, declarando o país como um inimigo. As águas próximas à disputada NLL (Linha Limite do Norte) têm sido palco de vários confrontos mortais entre as duas Coreias, incluindo um ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong em 2010, que resultou na morte de dois soldados e dois civis.
A Coreia do Norte tem alertado nos últimos dias que a situação na península coreana está caminhando para a guerra devido a movimentos perigosos dos militares dos EUA e da Coreia do Sul. Ambas as Coreias prometeram respostas militares esmagadoras se forem atacadas, e o Norte declarou inválido um acordo assinado em 2018 com o objetivo de reduzir a tensão e evitar o surto acidental de combates.
Os moradores da ilha de Baengnyeong, também perto da fronteira marítima, foram orientados a procurar abrigo e a Coreia do Sul prometeu respostas militares esmagadoras se forem atacadas. A situação na península coreana permanece tensa e a ameaça de um conflito armado continua paresente. A complexa relação entre as duas Coreias permanece como um tema delicado e imprevisível na política internacional.






