O comunicado revelou que o NIS está cooperando com o serviço de inteligência da Ucrânia e utilizou tecnologia de inteligência artificial de reconhecimento facial para identificar oficiais norte-coreanos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, apoiando as forças russas que utilizam mísseis norte-coreanos.
Desde agosto do ano passado, mais de 13 mil contêineres contendo projéteis de artilharia, mísseis balísticos e foguetes antitanque foram enviados pela Coreia do Norte para a Rússia, de acordo com informações da agência de inteligência. O total de oito milhões de projéteis de artilharia e foguetes foram enviados para a Rússia, conforme relatórios do NIS.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, convocou uma reunião de segurança de emergência com autoridades de inteligência, militares e segurança nacional para discutir a situação. O gabinete de Yoon destacou a grave ameaça à segurança internacional que representa o envolvimento das tropas norte-coreanas na guerra da Rússia contra a Ucrânia.
A Coreia do Sul afirmou que acompanha de perto o envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia e se comprometeu a responder às atividades do Norte com todos os meios disponíveis. Apesar da pressão de aliados ocidentais para fornecer armas letais à Ucrânia, a Coreia do Sul ainda não adotou essa medida.
A relação entre Coreia do Norte e Rússia tem se fortalecido desde a cúpula dos líderes no extremo leste da Rússia no ano passado, com a assinatura de uma parceria estratégica abrangente que inclui um pacto de defesa mútua. Apesar das negativas de transferência de armas por parte da Coreia do Norte e Rússia, a situação vem causando tensão regional e atraindo sanções internacionais.
Se confirmado, o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia para participar da guerra na Ucrânia seria o primeiro grande envolvimento da Coreia do Norte em conflitos desde a Guerra da Coreia de 1950-53. A comunidade internacional segue atenta ao desenvolvimento desse caso e às possíveis repercussões na região.