De acordo com a ata, os diretores que votaram por um corte de 0,25 ponto afirmaram que a sinalização de corte em março era condicional e enfatizaram o compromisso com o combate à inflação. Por outro lado, os diretores que defenderam um corte de 0,50 ponto argumentaram que seguir a guidance e reforçar o compromisso com a inflação não pode ser confundido com leniência.
Apesar das divergências, todos os membros do Copom concordam que a taxa de juros terminal deve consolidar a desinflação e a ancoragem das expectativas de inflação. O grupo que votou pelo corte de 0,25 ponto inclui membros que já estavam na autoridade monetária antes da gestão Lula, enquanto os diretores indicados na nova gestão optaram por um corte de 0,50 ponto, seguindo a sinalização anterior.
A ata ainda ressalta que a adoção de uma política monetária mais contracionista, sem indicações futuras sobre os próximos movimentos, mostrou-se mais apropriada diante do cenário global incerto e do cenário doméstico marcado pela resiliência na atividade econômica e expectativas desancoradas.
Em resumo, a ata do Copom revela as discordâncias internas em relação ao tamanho do corte da Selic, mas todos os membros concordaram que a política monetária deve se manter contracionista para garantir a convergência da inflação para a meta estabelecida. O documento também destaca a necessidade de flexibilidade nas decisões futuras, considerando um novo conjunto de informações que possam influenciar a trajetória da política monetária.