Repórter São Paulo – SP – Brasil

COP 28 em Dubai: polêmicas dos Emirados Árabes e a voz da periferia na conferência climáticalobal.

A Conferência das Partes (COP) 28 ocorrida em Dubai teve como objetivo a discussão de questões fundamentais para o futuro do planeta. No entanto, além das discussões sobre o Acordo de Paris, as controvérsias envolvendo os Emirados Árabes Unidos, sétima maior economia petrolífera do mundo, trouxeram à tona desafios que vão além do monitoramento do tratado.

O presidente da conferência, ligado à empresa petrolífera Adnoc, fez declarações negacionistas sobre os impactos dos combustíveis fósseis, o que gerou polêmica e acusações de priorização de acordos de petróleo em detrimento das discussões climáticas. Esse conflito de interesses evidencia um desafio que ecoa na comunidade global.

Além disso, a presença do Instituto Perifa Sustentável na COP 28 teve como objetivo democratizar a pauta climática entre a população negra em comunidades vulneráveis. O Instituto defendeu a necessidade de políticas ambientais que considerem recortes sociais e ambientais, o combate ao racismo ambiental e a justiça climática como pontos cruciais para a discussão sobre questões climáticas.

A efetividade das discussões na COP 28 requer uma avaliação criteriosa, especialmente em relação ao investimento adequado no Fundo de Perdas e Danos, a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e o comprometimento com minorias afetadas pela crise climática. Além disso, a filantropia comunitária foi destacada como uma solução importante para o financiamento climático, demonstrando a importância do apoio às comunidades que desenvolvem soluções de adaptação climática.

Outro ponto controverso destacado durante a COP 28 foi a postura ambígua do presidente Lula, anunciando a adesão do Brasil à OPEP+, o que gerou debates e críticas. Essa decisão foi laureada com o Anti Prêmio Fóssil do Dia, destacando a necessidade de maior ambição climática.

A inclusão de vozes da periferia e a representação de ativistas negras foram defendidas como fundamentais para influenciar tomadores de decisão e garantir que as soluções climáticas considerem a diversidade de experiências e desafios enfrentados por comunidades marginalizadas. Em última análise, a COP 28 é um chamado à ação global, cuja eficácia só será alcançada com a inclusão e representatividade das vozes da periferia e das comunidades vulneráveis. A transformação das realidades locais e globais requer a participação e engajamento de todos.

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