Contraventor Rogério de Andrade será transferido para presídio federal de segurança máxima após nova denúncia de envolvimento em assassinato.

Na manhã de terça-feira (29), a 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri do Rio de Janeiro determinou que o bicheiro Rogério de Andrade fosse transferido para um “estabelecimento prisional federal de segurança máxima”. A expedição dos mandados de prisão também incluiu Gilmar Eneas Lisboa, em uma operação que abalou o cenário criminal carioca.

Rogério de Andrade, conhecido como o maior bicheiro do Rio e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, foi preso na Operação Último Ato, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A acusação é de que ele seria o mentor do assassinato de Fernando Iggnácio, genro e sucessor do contraventor Castor de Andrade, ocorrido em novembro de 2020 na zona oeste da cidade.

A decisão judicial aponta que Rogério de Andrade seria líder de um grupo criminoso envolvido em diversos crimes, como homicídio, corrupção, contravenção e lavagem de dinheiro. Além disso, ele possui contatos em órgãos de segurança estaduais, o que torna necessária a sua transferência para um presídio federal de segurança máxima.

Após passar por uma audiência de custódia no presídio de Benfica e ser encaminhado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, Rogério de Andrade ficará no presídio de isolamento Bangu 1 aguardando a transferência para o sistema prisional federal. A defesa do bicheiro, feita pelo advogado João Maia, ainda não se manifestou sobre o caso.

A promotoria já havia denunciado Andrade em março de 2021, mas novas provas surgiram indicando sua ligação com o assassinato de Fernando Iggnácio, levando à sua prisão. Além disso, Gilmar Eneas Lisboa, um PM reformado, também foi acusado de monitorar a vítima antes de sua morte, revelando mais detalhes sobre a complexa teia de crimes envolvendo o bicheiro e seu grupo.

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