As suspeitas ganharam força com a divulgação de áudios do deputado, nos quais ele solicita o repasse de parte dos salários de seus colaboradores para auxiliar nas despesas de campanhas eleitorais. No mês passado, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito para investigar o caso, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) após receber denúncias de oposicionistas de Janones.
Após a decisão do Conselho de Ética, caberá ao presidente do colegiado, deputado Leur Lomanto Júnior, designar um relator para o processo, a partir de uma lista tríplice escolhida por sorteio. A partir do relatório preliminar, o Conselho votará novamente para decidir sobre a continuidade do processo. Caso seja aprovado, será aberta a fase de investigação, com a possibilidade de coleta de provas. Todo o processo tem um prazo de 90 dias para conclusão.
Ao final das investigações, o colegiado terá a responsabilidade de decidir pela absolvição ou punição do deputado. As possíveis sanções incluem desde advertências até a suspensão e cassação do mandato, e a decisão final deverá passar pelo aval do plenário da Câmara.
Por sua vez, o deputado Janones utilizou suas redes sociais para negar quaisquer irregularidades, justificando os áudios nos quais pede recursos aos assessores como uma “vaquinha” voluntária para cobrir os gastos da campanha. A defesa do deputado destaca que as acusações são infundadas e que ele está confiante de que provará sua inocência no decorrer do processo.
Com as acusações de “rachadinha” levantadas contra o deputado Janones, o caso promete gerar repercussão e debates acalorados no cenário político nacional nas próximas semanas.