A Allegra Pacaembu, em busca de reequilíbrio financeiro devido aos impactos da pandemia de Covid-19, propôs uma reedição do contrato em 2022, no qual pleiteou um desconto de 70% na outorga e a inclusão da praça Charles Miller como parte do acordo. A empresa tinha planos ambiciosos para o local, com a instalação de uma piscina de ondas, quadras esportivas e outras estruturas de lazer.
No entanto, a gestão de Ricardo Nunes não concordou com as exigências da concessionária, alegando que a pandemia não poderia ser usada como justificativa para alterações no contrato. Além disso, a prefeitura argumentou que a empresa tinha obtido receitas operando o estádio nos anos anteriores e que era de sua responsabilidade realizar estudos prévios no terreno antes de assumir a concessão.
A relação entre a prefeitura e a Allegra Pacaembu continuou estremecida ao longo do ano de 2024, com a transferência da final da Copa São Paulo para outro estádio devido às obras em andamento no Pacaembu. O cancelamento do show de Roberto Carlos foi mais um capítulo nessa saga de desencontros, com a prefeitura alegando questões de segurança para vetar o evento após uma inspeção do Corpo de Bombeiros.
Enquanto a prefeitura argumentava sobre os riscos para as mais de 3 mil pessoas esperadas no show, a concessionária Allegra Pacaembu se defendia, afirmando que seguia todas as normas vigentes e que tinha autorização para realizar o evento de acordo com um decreto publicado no Diário Oficial. A ameaça de interdição do estádio por parte da prefeitura evidenciou a grave discordância entre as partes envolvidas.