Conflito em Jerusalém: Extremistas judaicos desafiam status quo na Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar mais sagrado do Islã

Localizada na parte da Cidade Santa ocupada e anexada por Israel, a Esplanada das Mesquitas é um local de grande significado religioso para muçulmanos e judeus. Considerado o terceiro lugar mais sagrado do Islã, o local está construído sobre as ruínas do segundo templo judaico, destruído pelos romanos em 70 d.C. Para os judeus, a Esplanada das Mesquitas é conhecida como Monte do Templo, sendo o local mais sagrado do judaísmo.

Recentemente, o político extremista Ben Gvir gerou polêmica ao gravar um vídeo no local durante a comemoração judaica do Tisha Beav, pedindo a derrota do Hamas em vez de negociações. O Hamas é um movimento islamista palestino com o qual Israel trava uma guerra em Gaza, causando tensões na região.

O acesso à Esplanada das Mesquitas pelos não-muçulmanos é regulado pelo status quo estabelecido em 1967, após a conquista de Jerusalém Oriental por Israel. Apesar da permissão para visitas em horários específicos e sem orações, alguns judeus nacionalistas têm desrespeitado essa norma, o que gera conflitos no local.

A administração da Esplanada das Mesquitas é feita pela Jordânia, mas o controle de acesso é realizado pelas forças de segurança israelenses. O ex-grande rabino de Israel, Yitzhak Yossef, fez um apelo às nações do mundo para que não considerem os ministros do governo israelense como representantes do povo judeu, destacando as divisões internas em relação às questões envolvendo a região.

Diante das tensões políticas e religiosas que envolvem a Esplanada das Mesquitas, a situação continua sendo um ponto de conflito e disputa entre as diferentes comunidades presentes na região. A preservação do status quo e o respeito mútuo às crenças e tradições religiosas tornam-se fundamentais para a manutenção da paz e estabilidade na região.

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