Porém, o que chamou a atenção dos participantes foi a constatação de que a Antártida está passando por mudanças mais rápidas do que o esperado. Relatos de eventos climáticos extremos, como chuvas fortes, ondas de calor intensas e derretimento em massa do gelo foram compartilhados pelos pesquisadores. Esses fenômenos, que eram hipotéticos no passado, agora são uma realidade, com implicações globais.
Os cientistas presentes destacaram a incerteza em relação às observações atuais e se esses eventos indicam uma queda temporária ou um mergulho descendente irreversível do gelo marinho. A possibilidade de a Antártida atingir um ponto de inflexão ou perda acelerada do gelo marinho preocupa os especialistas.
Estudos da Nasa mostraram que a camada de gelo da Antártida tem gelo suficiente para elevar o nível médio global do mar em até 58 metros, afetando cerca de um terço da população mundial que vive a altitudes baixas. A taxa de mudança observada na Antártida é considerada sem precedentes, com um aumento rápido das emissões de CO2 em comparação com períodos anteriores.
Os cientistas concordam que, mesmo diante das mudanças climáticas consolidadas, os piores cenários podem ser evitados com a redução drástica das emissões de combustíveis fósseis. A possibilidade de um equilíbrio ainda é considerada viável, desde que a taxa de mudança seja controlada e as emissões sejam mantidas baixas.
Portanto, a mensagem dos especialistas é clara: ações urgentes são necessárias para frear as mudanças observadas na Antártida e evitar consequências catastróficas para o planeta. A ciência alerta para a importância de cuidarmos do nosso planeta e nos comprometermos com a sustentabilidade ambiental.