Condutor de Porsche causa morte de motorista de aplicativo após acidente e é aconselhado a não dirigir na madrugada

Na madrugada do último domingo (31), um trágico acidente envolvendo um Porsche causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, na avenida Salim Farah Maluf, localizada no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. Segundo relatos da polícia, o condutor do Porsche, identificado como Fernando Sastre de Oliveira Filho, foi aconselhado a não dirigir momentos antes do acidente, por estar em um estado alterado devido a uma discussão.

De acordo com o depoimento da namorada do amigo de Fernando, Marcus Vinicius Machado Rocha, que também estava no veículo, o empresário estava alterado e se recusou a deixar que outra pessoa dirigisse seu carro. Mesmo com o amigo oferecendo-se para acompanhá-lo e garantir que não fizesse algo de errado, Fernando acabou acelerando e se afastando do trajeto que deveriam seguir, resultando no acidente fatal.

A jovem contou à polícia que tentou ligar para Fernando após perdê-lo de vista, e foi informada de que eles haviam sofrido um acidente. No local, encontrou o empresário em estado de choque e o amigo caído no chão, reclamando de dores. A defesa de Fernando alega que a alteração de comportamento foi causada pela discussão que teve com a namorada.

Em seu depoimento às autoridades, o empresário negou ter consumido álcool ou drogas e alegou não se lembrar da velocidade em que estava no momento do acidente. Testemunhas afirmaram que Fernando apresentava sinais de embriaguez, como dificuldades para se comunicar e equilíbrio comprometido.

Os policiais que atenderam a ocorrência não realizaram o teste do bafômetro no condutor, o que levantou suspeitas de falhas no procedimento. Uma testemunha relatou que as garotas que estavam com o Porsche queriam levar os ocupantes para um hospital, mas foram impedidas por outras pessoas que garantiram que a prioridade era o atendimento ao motorista de aplicativo.

A mãe de Fernando, bastante alterada, apareceu no local do acidente e convenceu os policiais de que levaria o filho para tratar um ferimento na boca, o que impediu a realização do teste de embriaguez. Segundo o relatório policial, em nenhum momento os envolvidos prestaram qualquer tipo de socorro à vítima do carro atingido, o que levanta questionamentos sobre a conduta dos presentes no acidente.

A investigação segue para apurar as circunstâncias e possíveis responsabilidades pelas consequências fatais desse trágico acidente.

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