Concurso público em Macaé inclui questões machistas e misóginas em prova; FGV anula perguntas após críticas e revolta nas redes sociais.

No último domingo, o concurso público realizado pela Prefeitura de Macaé, no norte do Rio de Janeiro, causou surpresa e polêmica ao incluir na prova duas questões consideradas machistas e misóginas. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela organização do certame, acabou por anular as questões nesta terça-feira (16), após a repercussão negativa nas redes sociais.

As questões em questão foram anuladas pela banca organizadora por não estarem de acordo com os princípios da fundação. Todas as pessoas que realizaram a prova, que tinha como foco a avaliação de língua portuguesa para cargos de professor, vão receber os pontos correspondentes ao conteúdo questionado.

Uma das perguntas consideradas machistas solicitava que o candidato identificasse em um texto a frase que não criticava “o fato de a mulher falar demais”, com opções de resposta ofensivas e grosseiras. Enquanto isso, a questão de teor misógino apresentava comparações desqualificadoras para mulheres e vexatórias para crianças, gerando indignação e revolta nas redes sociais.

A repercussão negativa foi tão intensa que a Prefeitura de Macaé divulgou uma nota de repúdio contra as questões, exigindo uma retratação imediata por parte da Fundação Getúlio Vargas. Mais de 43 mil pessoas participaram do concurso, que oferecia 824 vagas de níveis médio e superior em áreas diversas, incluindo educação.

Diante do ocorrido, fica evidente a importância de se atentar para a elaboração de provas de concursos públicos de forma ética e respeitosa, sem perpetuar estigmas e preconceitos. A anulação das questões machistas e misóginas reforça a necessidade de revisão e adequação dos conteúdos apresentados em processos seletivos tão importantes para o ingresso no serviço público.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo