Concessionárias de ferrovias brasileiras investem em locomotivas semiautônomas para reduzir consumo de combustível

A concessionária VLI, responsável pela administração de trechos da Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia Centro-Atlântica, está ampliando o uso de locomotivas semiautônomas em sua malha ferroviária. Essa iniciativa visa reduzir os custos com combustíveis e estima-se que o sistema possa gerar uma economia de até 7% no consumo de combustível em parte da área de concessão da VLI.

Essa medida segue uma tendência observada em outras ferrovias brasileiras, como a Rumo, que anunciou recentemente a utilização de locomotivas híbridas no Paraná, capazes de reduzir o consumo de combustível em até 42%. Essas locomotivas híbridas são as primeiras do tipo a serem utilizadas no transporte de cargas no país e contam com motores mais eficientes e o uso de baterias para armazenamento de energia.

No caso da VLI, 51 locomotivas equipadas com a tecnologia de assistente de condução entraram em operação no segundo semestre do ano passado, no trecho entre Porto Nacional (TO) e o sistema portuário de São Luís. A intenção da empresa é melhorar a eficiência energética e reduzir a emissão de CO2. Atualmente, a VLI possui um total de 190 locomotivas, sendo 110 no corredor sudeste e 29 no leste.

Com o auxílio de um software, o maquinista pode habilitar a condução semiautônoma quando a locomotiva alcança uma velocidade superior a 8 quilômetros por hora. Apesar disso, a VLI afirma que o maquinista continua sendo essencial na operação da locomotiva, pois é responsável por supervisionar o assistente de condução e retomar o controle quando necessário. O maquinista também é responsável por assumir o controle do trem em caso de imprevistos e garantir a segurança do sistema ferroviário.

A estimativa é que a economia de combustível alcance 7% nos corredores leste e sudeste no próximo ano e 3,5% no corredor norte. A empresa planeja instalar o sistema em um total de 226 locomotivas na primeira etapa.

Portanto, a VLI está investindo na tecnologia semiautônoma para locomotivas como forma de reduzir os custos com combustíveis e melhorar a eficiência energética em sua malha ferroviária. Embora essa tecnologia seja uma importante ferramenta para aumentar a eficiência operacional, a presença do maquinista continua sendo fundamental para garantir a segurança e assumir o controle em situações adversas durante a condução do trem.

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