Diante desse comportamento comum, Hershfield sugere algumas estratégias para estabelecer uma agenda mais realista. A primeira delas é usar a sua programação atual como um guia. É comum pensarmos que o futuro será uma época cheia de tempo livre, mas ao analisar a sua agenda das últimas duas semanas, é possível ter uma visão mais precisa de quanto tempo você realmente possui disponível em uma semana.
Outra estratégia proposta pelo pesquisador é imaginar que o compromisso está mais próximo do que realmente está. Se você se perguntar se aceitaria o compromisso se ele ocorresse na próxima ou na seguinte semana, isso pode ajudar a avaliar se o interesse será mantido a longo prazo.
Caso ainda esteja em dúvida sobre o compromisso, é recomendado pensar no custo envolvido. É possível avaliar os benefícios que essa atividade trará para os seus objetivos principais, como por exemplo, se exercitar mais ou fazer novas amizades. Outra dica dada por Hershfield é questionar se o evento em questão é único ou se ele pode levar a outros convites. Além disso, se a sua participação tiver pouca importância para você, mas fizer uma grande diferença para outra pessoa, talvez o incômodo valha a pena.
Por fim, é importante cuidar do seu futuro. Se você se comprometeu com um evento ou sabe que a sua vida ficará ocupada e estressante, é recomendado praticar o pré-cuidado. Isso implica em criar práticas que reduzam o estresse futuro, como reservar um tempo para ficar sozinho ou aumentar o tempo com amigos. É importante lembrar, no entanto, que cada pessoa tem suas próprias preferências em relação ao que traz alegria e enriquecimento, sendo essencial evitar atividades que não sejam agradáveis.
Portanto, ao adotar essas estratégias, é possível estabelecer uma agenda mais realista e evitar o comprometimento com atividades que não são de real interesse.
