Segundo o porta-voz do COI, Mark Adams, essa medida é uma sanção aplicada à Rússia por violar a “integridade territorial” defendida pela Carta Olímpica. No dia 5 de outubro, o Comitê Olímpico Russo incluiu unilateralmente diversas organizações esportivas de províncias ucranianas ocupadas pelo Exército russo.
Após o anúncio do COI, o Comitê Olímpico Russo reagiu criticando a decisão e alegando que era política e contraproducente por parte da entidade olímpica. Por outro lado, o governo ucraniano celebrou a suspensão, argumentando que o esporte não pode estar separado da política quando um país terrorista comete um genocídio e utiliza os atletas como propaganda.
É importante ressaltar que o esporte russo e belarusso estão sob sanção desde a invasão do Exército russo à Ucrânia, no final de fevereiro de 2022. Essa ação foi considerada uma violação da trégua olímpica durante os Jogos de Inverno de Pequim 2022. Como resultado, as federações internacionais foram recomendadas a proibir todas as competições em solo russo, assim como a presença de qualquer símbolo oficial da Rússia.
No entanto, a posição do COI em relação à participação dos atletas russos e belarussos em competições internacionais mudou. Inicialmente, eles foram excluídos, mas em março passado foi decidida a possibilidade de reingresso, desde que competissem individualmente, sob bandeira neutra e não apoiassem ativamente a guerra na Ucrânia.
Até o momento, o COI ainda não decidiu se os atletas dessas duas nacionalidades poderão competir nos Jogos de Paris, em 2024, ou nos Jogos de Inverno de Milão, dois anos depois. Resta aguardar as próximas decisões do comitê olímpico sobre o assunto.