Comissões discutirão obstáculos que mulheres enfrentam no campo científico.

No último dia 24 de agosto, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher realizou uma audiência pública para discutir os desafios e lutas das mulheres na carreira científica. A iniciativa contou com a participação da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação e teve como objetivo principal debater a falta de representatividade feminina em diversas áreas temáticas de pesquisa.

A deputada Ana Pimentel (PT-MG), responsável pelo requerimento que solicitou a realização do debate, destacou dados preocupantes apresentados pelo Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa do CNPq. Segundo essas informações, o gênero feminino é minoria em quase todas as temáticas de pesquisa, alcançando equidade ou maior participação em somente 34% das 80 áreas classificadas pela Capes.

Esse fenômeno de exclusão, conhecido como “efeito tesoura”, se agrava à medida que aumenta o grau de formação e as oportunidades na carreira docente. A deputada ressaltou que essa dificuldade de acesso e continuidade na carreira acadêmica e científica se intensifica ainda mais quando se consideram recortes de classe, raça e a maternidade.

Para debater esse tema tão importante, a audiência contou com a presença de diversos convidados, entre eles a assessora da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Alice Plakoudi Souto Maior, a secretária regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Cristiana Brito, a reitora da UFMG e representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Sandra Goulart, e a vice-presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Ana Priscila.

A discussão ocorreu no plenário 14 e teve início às 10 horas. Durante o evento, foram abordados temas como o incentivo à participação feminina na carreira científica, a criação de políticas públicas que promovam a equidade de gênero na área e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres que optam por seguir nessa profissão.

O debate foi de extrema importância para conscientizar a sociedade sobre a falta de representatividade feminina na ciência e para buscar soluções que garantam igualdade de oportunidades para homens e mulheres nessa área. A luta por direitos das mulheres na carreira científica continua e é fundamental que o poder público esteja engajado nesse processo, criando políticas e promovendo ações que incentivem a participação feminina na ciência.

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