A criação da comissão foi resultado de um requerimento apresentado pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), que ressalta a importância do movimento para a construção da identidade nordestina e pernambucana. Segundo a senadora, a Confederação do Equador inspirou os brasileiros a lutar por um país onde todas as vozes são ouvidas, as liberdades individuais são respeitadas e a justiça prevalece de forma igualitária.
Durante a diligência, os membros da comissão visitarão diversos locais históricos relacionados ao movimento. Na segunda-feira, por exemplo, estiveram na Secretaria de Cultura do Ceará e no Instituto do Ceará, onde dialogaram com pesquisadores e historiadores especialistas no tema. Na terça-feira, a comissão se reuniu com professores e pesquisadores de história na Universidade Federal do Ceará e na Universidade Estadual do Ceará.
Na quarta-feira, o grupo visitará o Instituto de Pernambuco e terá um encontro com a Arquidiocese de Olinda e Recife. Já na quinta-feira, a comissão se reunirá com a vice-governadoria de Pernambuco e visitará a Assembleia Legislativa do estado. Durante todas essas visitas, os senadores buscarão apoio operacional, discutirão o calendário de atividades futuras e conhecerão a programação de instituições locais.
A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário que ocorreu em 1824 no Nordeste do Brasil, se opondo à monarquia de Dom Pedro I e defendendo a implantação de um regime republicano. A revolta foi reprimida pelas tropas imperiais, resultando na execução de 31 pessoas, incluindo Frei Caneca, um ícone revolucionário da época.
A senadora Teresa Leitão enfatiza que a revolução da Confederação do Equador foi um marco nas lutas democráticas do Brasil, simbolizando a aspiração por um governo mais representativo e participativo. A comissão, presidida por Leitão e composta por outros senadores, segue em busca de manter viva a memória desse importante movimento da história brasileira.