Comissão de Esporte aprova projeto que concede título de Patrono do Paradesporto Brasileiro a Robson Sampaio de Almeida

A Comissão de Esporte (CEsp) aprovou nesta terça-feira (12) o projeto de lei que concede o título de Patrono do Paradesporto Brasileiro ao atleta Robson Sampaio de Almeida. O PL 4.150/2023, de autoria do senador Confúcio Moura (MDB-RO), obteve parecer favorável da relatora, senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), e agora segue para apreciação na Câmara dos Deputados.

Segundo a Lei 12458, de 2011, o título de Patrono pode ser concedido em diversas áreas da sociedade, incluindo esportes, educação e artes. Para ser agraciado, o indivíduo deve ser brasileiro, já falecido há pelo menos dez anos, e ter se destacado e contribuído significativamente para o campo no qual será homenageado.

O homenageado, Robson Sampaio de Almeida, foi o primeiro medalhista paralímpico do Brasil. Em 1976, nos Jogos Paralímpicos no Canadá, conquistou uma medalha de prata ao lado de Luiz Carlos Costa na modalidade de lawn bowls, uma variação da bocha praticada em campos de grama. Além disso, competiu na prova de tiro, classificando-se em 15º lugar numa competição de carabina.

O Brasil fez sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos em 1972, na cidade de Heidelberg, na Alemanha. Contudo, a delegação brasileira, composta exclusivamente por homens, não obteve nenhuma medalha. Foi somente com a perseverança de atletas como Robson que o país conseguiu despontar e competir de igual para igual no cenário paralímpico.

Antes mesmo de participar dos Jogos Paralímpicos, Robson já incentivava a prática esportiva entre brasileiros com deficiência. Em 1957, fundou o Clube de Otimismo, o primeiro movimento nacional em prol do esporte inclusivo, que esteve em atividade até 2009. Robson Sampaio de Almeida faleceu no Rio de Janeiro em 1987.

A senadora Mara Gabrilli, que é cadeirante, ressaltou a importância da trajetória de Robson Sampaio de Almeida para o desenvolvimento do paradesporto no Brasil. Se não fosse a perseverança e dedicação desse atleta, o país talvez não teria alcançado o reconhecimento que possui hoje nessa prática esportiva.

Com a aprovação na Comissão de Esporte, o projeto agora segue para análise na Câmara dos Deputados, onde finalmente poderá ser transformado em lei e eternizar a figura de Robson Sampaio de Almeida como Patrono do Paradesporto Brasileiro. Sua contribuição para o desenvolvimento do esporte para pessoas com deficiência é inegável e merece ser lembrada e exaltada.

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