A festa, realizada anualmente no segundo domingo de outubro, é descrita por Alessandro Vieira como a maior expressão de teatro espontâneo ao ar livre do mundo, recriando episódios históricos ligados à destruição de quilombos e à escravidão. Originada no século 19, a celebração envolve a encenação do confronto entre os “lambe-sujos”, que representam os negros escravizados, e os “caboclinhos”, que simbolizam os indígenas que buscavam recapturar os quilombolas sob a liderança dos capitães-do-mato.
Para o relator, reconhecer a Festa dos Lambe-sujos e Caboclinhos como uma manifestação da cultura nacional é uma forma de resgatar e valorizar uma história muitas vezes negligenciada pela narrativa oficial, garantindo que o conhecimento desse passado seja transmitido às futuras gerações. O evento é visto como uma maneira de preservar e celebrar a diversidade cultural do Brasil, reforçando a importância de manter vivas todas as manifestações culturais do país.
A votação na comissão marca um passo importante rumo ao reconhecimento oficial da Festa dos Lambe-sujos e Caboclinhos como parte integrante e essencial da cultura brasileira, destacando a importância de preservar e valorizar as tradições culturais de diferentes regiões do país.