Comércio entre Rússia e China atinge recorde de mais de 200 bilhões de dólares em 2023, superando previsão original.

Recentemente, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita, tomou a decisão de realizar um grande corte na oferta de petróleo, o maior desde 2020. Isso resultou em cerca de 2 milhões de barris a menos. A decisão levou o governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Joe Biden, a ameaçar a Arábia Saudita, afirmando que haveria “consequências” para o país.

Além disso, a Índia fez história ao usar rúpias pela primeira vez para comprar um milhão de barris de petróleo dos Emirados Árabes Unidos em agosto deste ano. Tanto a Arábia Saudita quanto os Emirados Árabes passarão a fazer parte do BRICS+ a partir de janeiro de 2024.

Enquanto isso, a Comissão Europeia apresentou um décimo segundo pacote de sanções contra a Rússia em novembro, e espera-se que seus países membros o aprovem em meados de dezembro. Além disso, a agência russa Ria Novosti, com base em dados do Eurostat, revelou que desde fevereiro de 2022 até setembro deste ano, a União Europeia passou a pagar, em média, o dobro do preço que pagava antes pelo gás natural liquefeito dos EUA, resultando em um aumento de mais de 52 bilhões de euros.

Já em relação ao comércio entre Rússia e China, esse estabeleceu um recorde de mais de 200 bilhões de dólares, ultrapassando a meta estipulada para ser atingida somente em 2024. Isso representa um aumento de 26,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O recorde no comércio bilateral entre Rússia e China trouxe uma mudança na composição das transações, com empresas chinesas ocupando o espaço deixado por europeias e japonesas. No entanto, especialistas alertam que o processo de desdolarização será lento e complexo, podendo levar até dez anos para ser completado. Essa tendência, segundo eles, é inevitável, devido à politização do dólar e sua utilização como arma. A questão da desdolarização será discutida na próxima cúpula dos Brics, a ser realizada em outubro do próximo ano, sob a presidência da Rússia.

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