Com saída de Augusto Aras, Procuradoria-Geral da República será comandada por duas mulheres de forma interina.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) passou por uma mudança significativa em sua composição nesta quarta-feira (27). Com a saída de Augusto Aras, o comando do órgão agora será exercido de forma interina por duas mulheres: Elizeta de Paiva Ramos e Ana Borges Coelho dos Santos.

Essa gestão interina seguirá até que seja concluído o processo de nomeação do novo procurador-geral, que será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, não há um prazo definido para tal indicação.

Após a escolha do nome, o indicado precisará passar pela aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa. Somente após essa etapa é que a posse do novo procurador-geral será marcada pela PGR.

Eliseta Ramos é uma figura de longa trajetória no Ministério Público Federal (MPF), ingressando em 1989. Ao longo de sua carreira, ela participou de colegiados que lidam com direitos sociais, fiscalização de atos administrativos e supervisão da atividade policial. Além disso, em setembro deste ano, foi eleita vice-presidente do Conselho Superior do MPF.

Augusto Aras, que foi indicado duas vezes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, assumiu a PGR em 2019, mas deixou o cargo na terça-feira (26). Durante seus dois mandatos, o ex-procurador foi alvo de acusações de não tomar medidas adequadas em relação a Bolsonaro, principalmente durante a pandemia da covid-19.

No último discurso que fez no Supremo Tribunal Federal, Aras defendeu-se das críticas e afirmou que, durante sua gestão, houve avanços nas investigações criminais sem a necessidade de “espetáculos midiáticos”.

Essa mudança na liderança da PGR acende debates e expectativas em relação ao futuro do órgão. A indicação do novo procurador-geral e sua aprovação pelo Senado serão momentos cruciais para a definição do rumo que será tomado. Além disso, muitos olhares estarão voltados para a atuação das duas mulheres interinas que assumiram temporariamente o comando, esperando-se que elas tenham um papel relevante nesse período de transição.

Resta aguardar os desdobramentos dessa situação para entendermos qual será o impacto dessa mudança na Procuradoria-Geral da República e nas investigações e atuações que estão em curso.

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