O efeito mais visível do colapso foi a perturbação no espelho d’água, com parte do material transbordando. Uma área de colapso foi estabelecida com um raio de aproximadamente 234 metros, com outra área de segurança com cinco vezes o raio da mina.
O monitoramento da região continua e, nesta terça-feira (12), uma nova movimentação de água foi registrada na lagoa Mundaú, causando a formação de um redemoinho. Segundo a Defesa Civil de Maceió, o redemoinho é considerado normal devido à acomodação que ainda ocorre após o colapso da mina.
O desabamento da mina 18 está sendo sentido desde a área a 1.200 metros de profundidade, de onde a Braskem extraía o sal-gema para a fabricação de soda cáustica e PVC. Os poços para a exploração do sal atravessavam seis camadas não compactas de rochas, o que aumentou os riscos de colapso.
Os especialistas apontam que a formação do buraco não ocorreu devido a um espaço vazio desde o fundo da mina, mas sim devido às rochas que desmoronaram, preenchendo os buracos e causando o desabamento gradual do teto. A movimentação das rochas também pode comprometer os tubos dos poços usados para a retirada do sal, o que torna o cenário ainda mais preocupante.
Além disso, o pesquisador Emerson Soares, da Universidade Federal de Alagoas, e o professor Edilson Pizzato, da USP, afirmam que a movimentação após o colapso é apenas o começo do que ainda pode acontecer na lagoa. A área continua isolada e os riscos de novos movimentos de rochas e água continuam sendo monitorados de perto.
Os impactos do colapso da mina 18 da Braskem em Maceió ainda são desconhecidos e a situação continua sendo avaliada pelas autoridades locais. A população também permanece em alerta devido aos riscos ambientais e à possibilidade de novos movimentos na lagoa Mundaú.