Antes da interrupção, três membros do conselho já haviam votado a favor da proposta. A relatora Salise Sanchotene, assim como os conselheiros Mário Goulart Maia e Vieira de Mello Filho, manifestaram seu apoio à iniciativa. A proposta em questão propõe a implementação de uma alternância entre homens e mulheres nas vagas para magistrados de carreira na segunda instância, levando em consideração critérios de antiguidade e merecimento.
A votação foi marcada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, Rosa Weber. É importante destacar que Weber está próxima de se aposentar, gerando debates sobre a importância de uma mulher ser indicada para substituí-la no STF, uma vez que a composição atual do tribunal é majoritariamente masculina.
A proposta em discussão no CNJ tem como objetivo promover a igualdade de gênero dentro do Poder Judiciário, uma área historicamente dominada por homens. A paridade de gênero nos tribunais é um passo fundamental para garantir representatividade e diversidade nas decisões judiciais.
É importante ressaltar que a representatividade de mulheres nos tribunais é uma demanda antiga de movimentos feministas e de defesa dos direitos das mulheres. A presença de mulheres em cargos de poder e decisão é fundamental para garantir uma justiça mais igualitária e sensível a questões de gênero.
O adiamento da votação da proposta no CNJ ressalta a importância do debate sobre a inclusão de mulheres em cargos de liderança no Poder Judiciário. É preciso que haja um esforço coletivo para que as instituições judiciais sejam cada vez mais representativas e inclusivas, garantindo a diversidade de vozes e experiências nas decisões que impactam a vida de milhões de brasileiras e brasileiros.
Esperamos que a proposta de paridade de gênero nos tribunais seja aprovada pelo CNJ, constituindo um avanço significativo para a justiça no Brasil. A presença de mulheres em posições de poder contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, ampliando as perspectivas e os horizontes das decisões judiciais. A luta pela diversidade e pela representatividade de gênero deve ser uma pauta diária de todos os setores da sociedade.