A votação, que ocorreu no domingo, teve um comparecimento de cerca de 40%, de acordo com o comissário eleitoral chefe, Kazi Habibul Awal. Este número representa uma queda significativa em relação aos mais de 80% de comparecimento na última eleição, em 2018. Os primeiros resultados das eleições devem ser publicados na manhã de segunda-feira.
No entanto, a eleição não foi sem controvérsias, com relatos de irregularidades em pelo menos sete centros, o que levou ao cancelamento da votação. Além disso, a candidatura de um membro do Awami League foi cancelada devido a ameaças às autoridades de segurança, de acordo com o secretário da comissão, Jahangir Alam.
A oposição liderada pelo partido Bangladesh Nationalist Party (BNP) boicotou a segunda das últimas três eleições, e agora acusa o partido da atual primeira-ministra Sheikh Hasina de legitimar uma eleição falsa. Eles pediram que Hasina renunciasse e permitisse que uma autoridade neutra conduzisse a eleição, alegando que a oposição tinha instigado protestos anti-governo que resultaram em pelo menos 14 mortes desde outubro.
Em resposta, o BNP convocou uma greve nacional de dois dias e instou as pessoas a boicotarem a eleição. A situação política em Bangladesh está gerando preocupações entre os países ocidentais e recebeu atenção internacional, devido ao papel significativo que o país desempenha na indústria global de vestuário.
Embora a comissão eleitoral de Bangladesh deva divulgar os resultados finais da eleição em breve, as preocupações sobre a legitimidade e a justiça do processo eleitoral permanecem, especialmente com as alegações de irregularidades e ameaças à segurança. A situação política no país deve continuar a ser monitorada de perto nos próximos dias.