Claudia Sheinbaum: a primeira presidente da história do México e seus desafios socioeconômicos.

Claudia Sheinbaum, aos 61 anos, fez história mais uma vez ao se tornar a primeira mulher eleita como presidente do México. Seu primeiro pioneirismo ocorreu quando foi eleita para comandar a Cidade do México, tornando-se a primeira mulher a ocupar esse cargo. Agora, ela está prestes a assumir a mais alta posição política no país.

Com formação acadêmica sólida, com doutorado em engenharia ambiental e mestrado em engenharia de energia, Sheinbaum construiu uma carreira respeitada no meio acadêmico. Além disso, atuou como secretária de Meio Ambiente e subprefeita de Tlalpan. Sua ascensão política também é marcada por suas origens judaicas, sendo a primeira descendente de judeus a chegar ao Palácio Nacional do México.

Apesar de seu perfil sóbrio e discreto, Sheinbaum terá grandes desafios ao assumir a presidência do México. Um dos principais desafios será se diferenciar de seu padrinho político, o presidente Andrés Manuel López Obrador. A expectativa é que ela não seja vista como uma mera marionete do atual presidente, mas como uma líder capaz de conduzir o país de forma independente.

Durante sua gestão na Cidade do México, Sheinbaum obteve sucesso na redução da insegurança, com a diminuição dos índices de homicídios em 50%. Além disso, sua administração investiu em programas de prevenção e investigação, além de melhorar as condições de trabalho dos policiais. Outro ponto positivo foi a expansão do Cablebús, um teleférico que conecta diferentes regiões da cidade.

No entanto, ela também enfrentou críticas por episódios como o colapso de um trecho de metrô em 2021 e o desmoronamento de uma escola em 2017. O desafio para Sheinbaum será garantir a segurança em nível nacional, em um país marcado pela violência e pela militarização promovida por seu antecessor.

Apesar do histórico de sucesso e dos desafios a enfrentar, muitos depositam suas esperanças na faceta técnica de Sheinbaum, que promete promover o uso de energia limpa e manter uma postura comprometida com a saúde pública. Resta saber como ela irá conciliar essas propostas com o legado deixado por López Obrador e se conseguirá cumprir as promessas feitas ao povo mexicano.

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