Em seu discurso, Lal ressaltou a necessidade de que uma lei seja promulgada em cada país para promover a saúde do solo como uma prioridade nacional. Ele instou os ministros presentes no evento a serem proativos em suas respectivas nações e a apoiarem a implementação dessas leis. Lal também defendeu que os agricultores sejam recompensados pelos serviços ecossistêmicos e pelas práticas de conservação, recebendo créditos de carbono. Ele alertou que aqueles que não defendem essas questões ficarão para trás.
A conferência conta com a participação de 32 ministros dos países-membros do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), além de representantes de organismos internacionais, líderes rurais, integrantes do setor produtivo e da indústria, bem como acadêmicos. O evento, que teve início no último dia 3, termina nesta quinta-feira (5) e tem como tema central a discussão sobre sustentabilidade, segurança alimentar, mudanças climáticas e agricultura familiar.
Rattan Lal enfatizou que ao adicionar carbono ao solo é possível melhorar sua saúde. O aumento da produtividade e da resiliência do solo são alguns dos benefícios alcançados. O cientista ressaltou que com o potencial de sequestro de carbono e a adoção de boas práticas de manejo dos solos, é possível mitigar os efeitos das mudanças climáticas e alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, como o fim da pobreza, a erradicação da fome, a redução das desigualdades, além da melhoria do acesso à água e saneamento básico. Lal enfatizou que muitas dessas metas não estão sendo alcançadas porque a importância do solo não é devidamente reconhecida.
A iniciativa do cientista indiano desperta a atenção para um problema crucial no continente americano: a degradação do solo. A erosão, a degradação química e a compactação do solo podem levar a sérios problemas ambientais, diminuindo a produtividade agrícola e ameaçando a segurança alimentar. Proteger a saúde do solo é uma questão urgente e requer ação dos governos e da sociedade como um todo para implementar leis de proteção e promover práticas sustentáveis de manejo do solo.
*O conteúdo desta notícia foi elaborado com base nas informações divulgadas durante a Conferência de Ministros da Agricultura das Américas 2023, em San José, na Costa Rica.
