Esses números colocaram Luís Eduardo Magalhães como a 18ª cidade com maior proporção de mortes violentas no país, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. As autoridades ficaram em alerta para o avanço da criminalidade em uma região considerada estratégica para o agronegócio brasileiro.
Mesmo sendo uma cidade próspera, com uma população que flutua devido ao período de plantio e colheita das safras de soja, milho e algodão, a renda gerada pela produção agrícola se tornou um atrativo para criminosos. No entanto, o delegado Thiago Folgueira, coordenador da Polícia Civil no oeste baiano, afirmou que, de certa forma, a criminalidade está controlada e que não há uma sensação de insegurança por parte dos moradores.
O comércio ilegal de drogas na cidade é dominado pela facção BDM (Bonde do Maluco), uma das maiores da Bahia. O traficante Ednaldo Freire Ferreira, conhecido como Dadá, foi apontado como fundador e um dos principais líderes do BDM, gerando notoriedade quando teve sua prisão preventiva transformada em domiciliar, resultando no afastamento do desembargador que tomou a decisão.
A dinâmica das mortes violentas em Luís Eduardo Magalhães está ligada principalmente à compra e venda de entorpecentes, com pouca disputa entre grupos criminosos. Segundo o presidente do Conselho de Segurança da cidade, Heliton Bettes, a maioria dos casos de mortes violentas são acertos entre bandidos e não refletem no cotidiano da cidade.
Apesar disso, os dados da Secretaria de Segurança Pública mostram um aumento nos crimes contra o patrimônio, como furtos de veículos. O policiamento ostensivo é realizado pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal, contando com a parceria com o governo e entidades para a melhoria da segurança pública.
O aumento da violência na cidade rica e próspera de Luís Eduardo Magalhães levanta preocupações sobre a necessidade de medidas para controlar e reduzir a criminalidade, principalmente em um local de grande importância para o agronegócio brasileiro.