Repórter São Paulo – SP – Brasil

Cidadã russo-americana condenada a 12 anos de prisão por “traição” ao fazer doação para organização que ajuda a Ucrânia.

Uma cidadã russo-americana foi condenada a 12 anos de prisão por traição em um tribunal de Sverdlovsk, nos Urais. Ksenia Karelina, de 32 anos, foi considerada culpada por fazer uma doação de cerca de 50 dólares para uma organização que oferece assistência à Ucrânia.

O julgamento de Karelina foi realizado a portas fechadas, e a sentença foi dada pelo tribunal, que a acusou de alta traição. A doação feita por ela para a ONG Razom, no início do conflito na região, foi o motivo alegado para a condenação.

A decisão do tribunal causou polêmica e levantou questões sobre liberdade de expressão e direitos humanos na Rússia. A pena de 12 anos de prisão foi vista por muitos como desproporcional e um ataque à liberdade de apoio a causas humanitárias.

Organizações de direitos humanos e ativistas criticaram a sentença, destacando que a doação de Karelina era um gesto de solidariedade e não tinha intenção de prejudicar as relações entre Rússia e Ucrânia. Além disso, a decisão de realizar o julgamento a portas fechadas levantou preocupações sobre transparência e justiça no sistema judicial russo.

O caso de Ksenia Karelina levanta debates sobre a liberdade de expressão, solidariedade internacional e os limites da lei de traição na Rússia. A condenação dela por fazer uma doação humanitária demonstra como a legislação pode ser usada de forma arbitrária e repressiva, gerando críticas e questionamentos sobre o sistema legal do país.

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