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Chuvas no RS causam queda de 15,6% nas vendas da indústria em maio, impactando diversos setores econômicos

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril resultaram em enchentes e enxurradas, causando um impacto negativo na indústria gaúcha. De acordo com a Receita Estadual, as vendas no mês de maio tiveram uma queda de 15,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os setores mais afetados foram insumos agropecuários (-39,1%), metalmecânico (-24,4%), pneumáticos e borrachas (-18,2%), têxteis e vestuário (-17,2%), e madeira, cimento e vidro (-16,1%).

O setor agropecuário teve uma redução de 9,9% nas vendas, enquanto as vendas de alimentos recuaram 5,3%. O governo do RS mencionou que todos os setores analisados já apresentam sinais de recuperação após o momento mais crítico da crise meteorológica. O relatório também destacou as regiões mais impactadas, com a Fronteira Noroeste liderando a lista com uma queda de 63,2% nas vendas.

A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado em maio foi R$ 640 milhões (16,1%) menor do que o projetado para o período. Dos 278 mil estabelecimentos contribuintes do ICMS, 91% estão localizados em municípios em estado de calamidade pública ou emergência, sendo que 27% da arrecadação de ICMS é proveniente de áreas afetadas pelas enchentes.

Ainda não foi possível mensurar completamente o impacto da tragédia climática no Rio Grande do Sul na economia nacional. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um crescimento de 2,5% no PIB brasileiro no primeiro trimestre, ressaltando que esse cálculo não considera o impacto das chuvas e enchentes no estado gaúcho. Em 2023, o Rio Grande do Sul teve o quinto maior PIB do Brasil, representando 5,9% da economia nacional.

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