Repórter São Paulo – SP – Brasil

Chuvas no RS causam desalojados, desabrigados e preocupação com futuro das localidades em meio a risco de desastres.

A forte chuva que atingiu o Rio Grande do Sul desde a última sexta-feira (17) causou estragos em diversas cidades do estado, deixando milhares de desalojados e desabrigados, além de causar danos materiais e trazer insegurança em relação ao futuro das localidades frente ao risco de desastres.

Na cidade de Gramado, um dos maiores polos turísticos do Sul do Brasil, a população vive momentos de incerteza após o surgimento de rachaduras em três bairros do município, algumas com até 150 metros de comprimento. O impacto da chuva foi tão grande que um prédio chegou a desabar, por sorte sem deixar vítimas.

Todas as residências do bairro Três Pinheiros foram interditadas preventivamente, assim como 23 moradias em apenas uma rua do bairro Piratini e outros trechos pontuais. As famílias desalojadas aguardam angustiadas pelo próximo passo a ser tomado.

Na tentativa de ajudar os afetados, o morador e afiador de cutelaria Eder Leandro Rossa mobilizou-se junto a outros moradores para participar das ações de evacuação. Ele conta que a remoção das famílias do bairro Três Pinheiros foi rápida, mas ainda não havia um estudo técnico aprofundado sobre a situação do terreno.

Além de Gramado, outras cidades também sofreram com os impactos das chuvas. De acordo com as últimas informações da Defesa Civil gaúcha, o estado ainda tem 24,1 mil desalojados e 3.837 cidadãos em abrigos públicos, distribuídos nos 194 municípios que reportaram algum tipo de dano. Até o momento, 40 cidades já decretaram situação de emergência, e espera-se que o número aumente.

Em Eldorado do Sul, aproximadamente 10 mil pessoas foram afetadas direta ou indiretamente pela enxurrada do rio Jacuí, com 700 desabrigados acolhidos em dois ginásios. Já em São Sebastião do Caí, o nível do rio Caí atingiu 16 metros, a maior marca registrada nos 148 anos de existência da cidade. Mais de 80% dos moradores foram atingidos pela água, com 1,3 mil habitantes resgatados pelos bombeiros.

A enchente do rio Caí foi a terceira de grande porte no ano, e cidades da região como Alto Feliz, Harmonia, Tupandi e Vale Real também decretaram situação de emergência.

Diante dos estragos causados pela chuva, a principal preocupação agora é não apenas a questão patrimonial, mas também o suporte emocional às famílias desalojadas. A situação ainda gera incerteza e tensão em relação ao futuro das localidades atingidas.

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