Chuvas no Rio de Janeiro causam 12 mortes em janeiro, evidenciando histórico de tragédias e problemas na prevenção de desastres.

A região Sudeste do Brasil é conhecida por sofrer com as fortes chuvas que assolam o país e o estado do Rio de Janeiro é um dos mais afetados por esses eventos climáticos. Nos últimos dias de janeiro, 12 pessoas acabaram perdendo a vida nas enchentes que ocorreram na região, reforçando um histórico de tragédias que assola o estado.

De acordo com um levantamento realizado pela Folha, entre os anos de 1991 e 2022, o Rio de Janeiro registrou o maior número de mortes no país em decorrência das tempestades, totalizando 1.511 óbitos. Essas mortes foram causadas por alagamentos, enxurradas, inundações, deslizamentos de terra, vendavais, ciclones, chuvas intensas, e granizo. Esse número representa uma média de uma morte a cada três dias durante esse período.

Em nota, a gestão Cláudio Castro, do partido PL, afirmou que investe em obras e ações visando proteger a população das chuvas. Desde 2021, o governo já investiu mais de R$ 4,3 bilhões em obras de infraestrutura por meio do PactoRJ. Além disso, está previsto um investimento de mais de R$ 3 bilhões em equipamentos de última geração, tecnologia e treinamento das equipes que atuam em situações de emergência.

Especialistas apontam que a combinação da geografia, concentração populacional, ocupação urbana e políticas públicas são os principais fatores que contribuem para o alto número de mortes no estado do Rio de Janeiro. A serra fluminense, por exemplo, possui um solo raso em cima de um maciço rochoso bastante fraturado, o que favorece os deslizamentos em casos de chuvas intensas. Já a baixada fluminense está sujeita a inundações devido ao terreno plano e a proximidade com a Baía de Guanabara.

A ocupação desordenada de várzeas e encostas, principalmente por populações de baixa renda, também contribui para a vulnerabilidade da população diante das ameaças climáticas. Além disso, obras de prevenção muitas vezes são abandonadas, como o caso das bombas de sucção do rio Iguaçu, que deveriam ter cinco equipamentos, mas apenas duas estão funcionando.

As chuvas intensas têm se agravado a cada ano e, em 2023, o estado do Rio de Janeiro foi novamente atingido por um grande desastre climático, causando a morte de 64 pessoas na cidade de São Sebastião, no litoral norte. Diante desse cenário, é essencial que o governo e a população estejam preparados e que sejam tomadas medidas eficazes para prevenir e mitigar os impactos das chuvas, visando a proteção da vida e do patrimônio da população.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo