As equipes da secretaria estão mobilizadas para resgatar os acervos dos museus afetados, contando com a colaboração de voluntários que se cadastraram após uma convocação pública. Até o momento, mais de 300 especialistas na área de patrimônio, como conservadores, museólogos, restauradores e arquitetos, se prontificaram a trabalhar na recuperação das instituições culturais.
Além do apoio dos voluntários locais, os trabalhos de limpeza e salvamento também estão recebendo auxílio de instituições de outras regiões do Brasil e do exterior. Orientações especializadas têm sido repassadas de forma online para evitar danos maiores aos acervos. Dicas sobre resgate de peças sujas de lama, higienização, secagem de objetos e até congelamento de documentos estão sendo providenciadas.
Instituições importantes como o Museu e Biblioteca de Igrejinha, o Museu Visconde de São Leopoldo e a Cinemateca Paulo Amorim foram seriamente afetadas pelas inundações. A Livraria Taverna, que funciona no térreo do edifício da Casa de Cultura Mario Quintana, conseguiu salvar os livros da inundação, mas os móveis foram danificados pela água.
A situação é preocupante, visto que 446 municípios do Rio Grande do Sul foram atingidos por chuvas intensas, totalizando 800 milímetros de precipitação. A tragédia climática resultou na morte de 163 pessoas e deixou 647 mil desalojados até o momento. No total, cerca de 2,3 milhões de habitantes do estado foram afetados de alguma maneira por essa calamidade.
É fundamental que a sociedade se una nesse momento de crise para auxiliar na recuperação dos museus e na assistência às vítimas desse desastre natural sem precedentes na região sul do Brasil. A solidariedade e a cooperação serão essenciais para a reconstrução dessas áreas atingidas pelas enchentes e inundações.