Chuva em São Paulo causa mortes e deixa 1,6 milhão sem luz; candidatos cancelam agendas de campanha

No último sábado (12), os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), tiveram suas agendas de campanha canceladas devido à forte chuva que atingiu a capital paulista. A cidade enfrentou graves consequências após a tempestade, com duas pessoas mortas e 1,6 milhão de moradores ainda sem energia na região metropolitana desde a noite anterior.

Ricardo Nunes tinha planos de participar de uma missa no Santuário Nacional de Aparecida, no Vale do Paraíba, mas decidiu cancelar a viagem para acompanhar as equipes de zeladoria na cidade. Já Guilherme Boulos iria realizar carreatas em São Mateus e Sapopemba, na zona leste, porém também precisou desmarcar as atividades. Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Boulos criticou a gestão de Nunes e afirmou que visitará as áreas afetadas pelas chuvas, declarando que “a cidade parece que não tem prefeito”.

A tempestade que atingiu São Paulo na noite anterior derrubou árvores, causou apagões em diversos bairros e registrou ventos recordes na zona sul da capital. A Enel havia previsto o restabelecimento do serviço em cinco horas, mas, passadas 14 horas desde o início da chuva, 1,6 milhão de clientes ainda estavam sem luz em áreas como Liberdade, Vila Romana, Pompeia, Pinheiros, Vila Anastácio e Vila Mariana.

Segundo a Defesa Civil estadual, as rajadas de vento atingiram 107 km/h em Interlagos, zona sul da capital, sendo as mais fortes registradas pelo órgão desde 1995. Essa velocidade superou os 103,7 km/h do ano anterior, até então a marca mais alta. A situação decorrente da tempestade evidenciou a fragilidade da infraestrutura urbana da cidade e a necessidade de medidas preventivas mais eficazes por parte da administração municipal.

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