Além dos títulos de 30 anos, estão previstas vendas de títulos com prazos de 20 e 50 anos para os meses de maio e junho, respectivamente. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, anunciou esse plano em março, afirmando que Pequim poderá continuar realizando vendas de bônus nos próximos anos para levantar recursos destinados a projetos de grande escala e setores estratégicos da economia.
A meta de crescimento econômico para 2024, estabelecida em torno de 5%, foi considerada ambiciosa por economistas. Esse objetivo pode explicar a iniciativa de vender títulos especiais do Tesouro para estimular o crescimento, algo que não era feito há mais de 25 anos.
Para a economista Becky Liu, chefe de estratégia macro da China no Standard Chartered, a emissão dos títulos especiais era esperada, mas aconteceu um pouco antes do previsto. Ela acredita que há uma possibilidade crescente de novas emissões no futuro.
O governo chinês parece estar adotando medidas ousadas para impulsionar a economia e alcançar suas metas de crescimento, mostrando disposição em enfrentar os desafios econômicos atuais. Com essas vendas de bônus ultralongo, Pequim busca fortalecer sua economia e estimular investimentos em setores-chave, sinalizando um compromisso com o desenvolvimento sustentável a longo prazo.