Em uma visita à região, Stiell testemunhou a situação de desolação vivida por sua comunidade, comparando-a à realidade de milhões de pessoas ao redor do planeta que têm sido afetadas por fenômenos climáticos extremos. Ele destacou que quase 98% das residências e edifícios na ilha de Granadina foram severamente danificados ou destruídos pelo furacão, que causou estragos também em outras localidades ao longo de sua trajetória.
O secretário ressaltou que as consequências da degradação ambiental estão se tornando cada vez mais frequentes e letais, resultando em perdas humanas e materiais incalculáveis. Ele alertou que se medidas urgentes não forem tomadas, toda a economia global e a população de 8 bilhões de pessoas estarão sujeitas a esses impactos devastadores de forma contínua.
Com experiência como ex-ministro do meio ambiente de Granada, Stiell assumiu a liderança da UNFCCC em 2022 com a esperança de impulsionar uma ação mais robusta dos países nas negociações climáticas da ONU. No entanto, ele tem enfrentado resistência dos grandes emissores de gases de efeito estufa entre os países do G20, que são responsáveis por 80% da poluição ambiental.
O secretário enfatizou a necessidade de os países adotarem novos planos climáticos inovadores e fazerem a transição para fontes de energia limpa, a fim de evitar mais catástrofes climáticas e proteger a vida e os recursos naturais. Ele alertou que as nações estão enfrentando ciclos intermináveis de dívida ao lidar com reconstruções após desastres naturais, desviando recursos essenciais de áreas como educação e saúde.
Stiell concluiu seu apelo enfatizando a urgência de ações climáticas mais audaciosas, antes que seja tarde demais para reverter os danos causados pelo aquecimento global. Ele ressaltou a importância da mobilização global e da pressão popular para que os governos assumam suas responsabilidades e adotem medidas efetivas para proteger o planeta e suas comunidades vulneráveis.






