CDH debate resultados alarmantes da 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher realizada pelo DataSenado nesta quinta-feira (7)

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal promove uma audiência pública para discutir os resultados da 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV).

Os dados alarmantes revelam que três em cada dez mulheres no Brasil já foram vítimas de violência doméstica, sendo a violência psicológica a mais comum, seguida pela violência moral, física, patrimonial e sexual. A pesquisa também aponta que a violência física é mais prevalente entre mulheres de baixa renda, e a maioria das vítimas sofre a primeira agressão entre os 19 e 24 anos.

O presidente da CDH, senador Paulo Paim, destaca a importância desse levantamento, que se tornou uma referência na análise da violência de gênero no país. Nesta edição, houve um aumento significativo na amostra, permitindo uma investigação mais aprofundada sobre a desigualdade de gênero e suas consequências. Pela primeira vez, a pesquisa também incluiu mulheres transgênero em sua análise.

Com um total de 21,7 mil entrevistadas, realizadas por telefone entre agosto e setembro do ano passado, a pesquisa possui um nível de confiança de 95%. A audiência pública contará com a presença da procuradora da Mulher do Senado, senadora Zenaide Mais, do coordenador do Instituto DataSenado, Marcos Ruben de Oliveira, da chefe do Serviço de Pesquisa e Análise do DataSenado, Isabela de Souza Lima Campos, e da coordenadora-geral de Promoção dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Dayana Brunetto. Além disso, representantes dos Ministérios das Mulheres, dos Direitos Humanos e Cidadania e da Justiça e Segurança Pública também são aguardados.

Nesse contexto, a audiência pública se torna um espaço fundamental para debater medidas e políticas públicas que visam combater a violência contra a mulher e promover a igualdade de gênero no Brasil. A divulgação desses dados reforça a urgência em enfrentar e solucionar um problema que afeta milhares de mulheres em todo o país.

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