Capitão e cabo da PM de SP se tornam réus por morte durante Operação Escudo em Guarujá: acusados de adulterar cena do crime.

Dois policiais militares de São Paulo se tornaram réus pela morte de um homem durante a Operação Escudo em Guarujá, no litoral paulista, no ano de 2023. O cabo Ivan Pereira da Silva e o capitão Marcos Correa de Moraes Verardino são acusados pelo Ministério Público estadual de adulterar a cena do crime, chegando a apagar imagens de câmeras de segurança no local. Essa é a primeira vez que um oficial da PM torna-se réu por sua atuação em uma operação.

A vítima, Fábio Oliveira Ferreira, foi morta por volta das 13h20 do dia 28 de julho do ano passado. A denúncia contra os policiais também menciona que eles teriam forjado provas durante a operação. Outros quatro policiais militares também respondem a ações judiciais por acusações relacionadas à operação.

O juiz Thomaz Correa Farqui, da 3ª Vara Criminal de Guarujá, aceitou a denúncia e destacou que há indícios de que os réus agiram de maneira criminosa, fugindo de seu dever funcional e manipulando provas para encobrir os fatos. Farqui determinou ainda o afastamento dos dois PMs de suas funções, visto o risco de atrapalharem as investigações ou se envolverem em novos casos.

A Operação Escudo, que iniciou após a morte de um policial da Rota, resultou em ao menos 28 mortes em pouco mais de cinco semanas. Recentemente, foram registradas outras mortes de policiais na região, resultando em uma nova fase da operação denominada Operação Verão, com um saldo oficial de 93 mortos por policiais na Baixada Santista. No entanto, considerando todos os casos de mortes envolvendo a PM nas cidades da região, incluindo quando os policiais estavam de folga, o total chega a 110 óbitos. As investigações continuam para esclarecer as circunstâncias das mortes e o comportamento dos policiais envolvidos.

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